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  • Foto do escritorSimony Ramos Oliveira

Sou expatriada (o): algo que queria tanto, mas hoje me sinto insatisfeita(o)!




Olá, um prazer ter você por aqui. Como psicóloga de expatriados e imigrantes, tenho observado no grupo de expatriados a questão da insatisfação após alguns meses com a novo status e uma certa frustração visto que era um grande desejo morar fora do seu país de origem, trabalhando para uma empresa multinacional, ganhando um bom salário e poder viajar pelo mundo a fora em função da nova vida.

Antes, gostaria de fazer a distinção, para quem não conhece, entre expatriação e imigração. De grosso modo a primeira envolve uma transferência em função de um trabalho, em que o empregado (no caso o expatriado) vive por um período determinado fora do seu país de origem. É o trabalho que o possibilita uma vivência internacional. Já a imigração é pautada por uma mudança que pretende ser definitva, onde por razões diversas tais como relacionamento amoroso, trabalho, obtenção de nacionalidade do país que pretende viver, etc faz com que o imigrante se transfira às custas de si mesmo ou familiares para o novo país.

Voltando a questão central deste texto, o expatriado se sente insatisfeito e ao mesmo tempo muito frustrado por ter um salário digno e ter condições de dar uma vida confortável para a família, mas ao mesmo tempo não se sentir reconhecido no trabalho, ou não conseguir fazer amigos e assim aproveitar mais a vida social, ou então por ver a família não se adaptando à nova vida, por exemplo.

No caso do contexto do trabalho, este trabalha para um dia ser promovido ou obter alguma recompensa, mas percebe com o tempo que mesmo com todo o esforço, não atingirá seus objetivos. E é com muita decepção que com o tempo entende que a cultura da organização bem como o do país valoriza comportamentos e atitudes que não fazem parte de seu repertório até então. Dependendo do país que o expatriado vive, ele pode trabalhar em um ambiente de competição acirrada, ou então onde trabalhar demais passa a impressão de ser pouco produtivo. Já ouvi histórias onde o expatriado recebeu um feedback negativo por ficar depois do expediente trabalhando, por exemplo.

Na vida social, fazer amigos no ambiente de trabalho pode ser algo stressante visto que muitas culturas são mais individualistas e não buscam aumentar seu ciclo de amizade. O expatriado pode se sentir sozinho, e se frustrar nas tentativas de criar vínculos.

E no caso da própria família, o parceiro ou parceira do mesmo deixa seu emprego e ciclo social para viver em outro país e acaba sofrendo muito em se adaptar a esta nova realidade: sem emprego, nova cultura, aprender nova língua, ajudar os filhos na nova escola, fazer seu próprio novo ciclo social. Nesta situação, o expatriado enfrenta um grande incômodo ao ver seu próprio parceiro sofrendo e isso impacta negativamente sua vida.

Desta forma, ao se decidir por uma expatriação, é necessário levar em conta os vários desafios que foram mencionados aqui, e se preparar para lidar com eles de forma leve, racional e eficiente.

Nos atendimentos a expatriados e seus parceiros, busco ajudá-los a encontrar soluções e a compreender o seu papel para que essa adaptação seja mais prazerosa.

Mudando a maneira de encarar as diferenças no modo de viver no novo país, das relações dentro do trabalho, com a família e com a sociedade do novo país, além de eliminar os gatilhos emocionais que este contexto produz, é possível ser mais satisfeito e feliz .

Se você enquanto expatriada (o) está se sentindo insatisfeito com sua nova vida, e quer um apoio emocional, marque sua sessão aqui.

Será um prazer te ajudar!



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